02/02/2017

Nota aos médicos veterinários e à sociedade

Anclivepa Brasil esclarece seu posicionamento sobre curso de Medicina Veterinária à distância


NOTA AOS MÉDICOS VETERINÁRIOS E À SOCIEDADE

A Medicina Veterinária é uma ciência que exige formação aplicada, plural e multicêntrica/multidisciplinar. Os acadêmicos de Medicina Veterinária devem receber treinamento dentro de padrões educacionais de excelência, com metodologias que promovam a aquisição dos conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à formação e ao exercício profissional de maneira digna e ética.

No Brasil já enfrentamos a abertura indiscriminada de cursos universitários de Medicina Veterinária. Há hoje um grande número de cursos em funcionamento sem os padrões requeridos para a boa formação acadêmica, levando ao mercado profissionais sem a devida qualificação. Professores precisam ser treinados e valorizados. Já vivemos sob a batuta da quantidade e não da qualidade do ensino e da pesquisa.

O treinamento precisa ser presencial, aplicado, centrado no dia a dia do Médico Veterinário, um profissional que precisa estar preparado para trabalhar diuturnamente buscando fazer o seu melhor em prol da saúde e do bem-estar únicos.

Por mais que se busquem formas alternativas de ensino em algumas áreas da profissão, o treinamento presencial e a prática rotineira das atividades são fundamentais e indispensáveis. As disciplinas dos ciclos básico e profissionalizante devem ser trabalhadas de forma uníssona. Os cenários de aprendizagem devem ser frequentados diariamente. O convívio com os pacientes deve ser contínuo, proporcionando o acompanhamento da evolução do quadro de saúde.

Desta forma, nos causou surpresa a notícia de que o Ministério da Educação autorizou o funcionamento de um curso de medicina Veterinária na modalidade à distância. A ANCLIVEPA BRASIL lamenta e repudia esta atitude e mantém firme sua convicção de que somente por uma educação forte, sistemática, plural e globalizada se poderá formar Médicos Veterinários capacitados para o exercício da profissão nos níveis de excelência que a sociedade brasileira merece.

Brasília, 02 de fevereiro de 2017

Marcello R. da Roza